Franqueado do Portal da Cidade Recebe R$ 8 Mil da Lei Paulo Gustavo: Onde está o Projeto Cultural?

Edivan Alves de Araújo, franqueado do Portal da Cidade, foi um dos beneficiados com o valor de R$ 8 mil, através da Lei Paulo Gustavo, para desenvolver o projeto cultural intitulado “Cidade em Desenvolvimento”. No entanto, o que foi para ser uma iniciativa de impacto, com a produção de um vídeo sobre o desenvolvimento da cidade, acabou se tornando motivo de críticas por parte da população de Coelho Neto, que alega não ter tido acesso ao material audiovisual.

Falta de Transparência e Inexecução

A promessa do projeto “Cidade em Desenvolvimento” era criar um vídeo que capturasse as transformações da cidade, promovendo o crescimento local. No entanto, até o momento, o vídeo não foi divulgado de forma pública, gerando questionamentos sobre a execução do projeto e o uso dos recursos.

Se o objetivo da Lei Paulo Gustavo é fomentar a cultura e garantir que os cidadãos possam ter acesso a conteúdos culturais de qualidade, o caso de Edivan Alves de Araújo parece ir na contramão dessa missão. O valor de R$ 8 mil, embora não seja uma quantia vultuosa, representa um recurso significativo para o setor cultural da cidade e deveria ter sido utilizado com responsabilidade e transparência.

Critérios de Seleção e Falta de Fiscalização

A escolha de Edivan Alves para receber o incentivo levanta dúvidas sobre o processo de seleção dos projetos. Se o vídeo sequer foi apresentado ao público, quem está se beneficiando com o dinheiro destinado à cultura? O problema vai além da ausência de resultados visíveis, apontando para uma possível falha na fiscalização e no acompanhamento da execução dos projetos financiados pela Lei Paulo Gustavo.

Esse episódio expõe a necessidade de uma maior fiscalização sobre como os recursos estão sendo aplicados e de que maneira os projetos culturais estão realmente impactando a sociedade local. Afinal, o objetivo da lei é beneficiar a população, ou apenas indivíduos específicos.

Desvio de Finalidade ou Ineficiência?

Se por um lado há uma evidente insatisfação da população com o não cumprimento das promessas do projeto, por outro, a situação aponta para um possível desvio de finalidade dos recursos. O franqueado do Portal da Cidade, que opera um canal de comunicação e não é amplamente reconhecido como um agente cultural, parece ter utilizado o recurso sem trazer nenhum impacto visível à comunidade.

A ausência do vídeo que deveria ter sido produzido e amplamente divulgado configura, no mínimo, uma ineficiência no uso de recursos públicos. Em tempos de crise e com tantos artistas locais necessitando de apoio, é lamentável ver o dinheiro da cultura ser mal aplicado, sem entregar os resultados esperados.

Conclusão

O caso de Edivan Alves de Araújo e o projeto “Cidade em Desenvolvimento” exemplifica a fragilidade na aplicação de incentivos culturais quando não há mecanismos claros de fiscalização e prestação de contas. O que poderia ter sido uma importante contribuição para a cultura local acabou se perdendo em promessas não cumpridas, deixando a população de Coelho Neto sem acesso ao conteúdo prometido e sem respostas.

A cultura precisa ser tratada com seriedade, e a falta de transparência na aplicação dos recursos da Lei Paulo Gustavo deve ser investigada e corrigida, para que outros casos semelhantes não se repitam.